Eu estava de saco cheio dessa merda.
Ser governado por uma louca alucinada, receber ordem de uma pirralha inútil e, ainda por cima, ter que que ir prestar minhas homenagens pra um Príncipe que eu tinha certeza absoluta que se tratava de uma piração de uma mente insana era de arruinar a noite de qualquer um. Toda a sociedade cainita poderia dizer para mim que eu estava sendo um herege idiota com esse pensamento, mas a verdade era que eu estava pouco me ferrando para que o monte de imbecil achava.
Eu era aliado da Camarilla sim, assim como qualquer um no meu comando. Mas eu tinha um motivo especial para isso, que não envolvia florezinhas, cores e pinturas afrescalhadas.
Helena era esperta. Muito esperta. E eu gostava disso. Esse fato unia o útil ao agradável para mim, o que era o suficiente. Pelo que dependesse da minha pessoa, nenhum Ventrue filho da mãe ia colocar as patas abichalhadas naquela cidade e se tentassem, iam ter que passar por cima de mim. E isso, sinceramente, não seria trabalho fácil.
Levei o tempo que me conveio para chegar até o Elísio, andando calmamente pela cidade e observando os arredores. Eu tinha certeza de que a pirralha deveria estar arrancando as calcinhas pela cabeça, e tal pensamento apenas fez com um que um mínimo sorriso irônico despontasse pelos meus lábios. Ela que se fodesse. Jogo de morto não é brincar de casinha, por mais que a Senescal louca alimentasse os devaneios daquela mente infantil.
Odeio crianças. Sempre odiei e tenho certeza que, depois de tantos anos odiando, eu continuaria a sentir o mesmo pelo resto da morte.
Chegar no Elísio foi uma experiência entediante, como sempre o era. Eu evitava aquele lugar, todo aquele luxo desnecessário e ostentação ridícula, que só mascaravam uma decadência tão evidente que apenas os idiotas e os fúteis não conseguiam enxergar. Não que eu fosse contra a arte, o ponto não era esse. Eu era contra o mau uso da arte, já que não acho que algo feito para criar impacto no expectador deva ser usado para decorar parede em casa de madame.
Acho que se ainda fosse vivo, eu respiraria profundamente ao vislumbre da pirralha subindo as escadas. Estava evidente que ela havia me esperado até o limite e, devo dizer, isso me deixou profundamente satisfeito. Haviam outros ‘convidados’ para a ocasião, algo que não me surpreendia, mas que não me agradava muito menos. Identifiquei imediatamente mais um dos frescos e fiz uma visível careta ao notar que estaria cercado de pomposidade ridícula pelo resto da reunião. Era um carma, com toda a certeza, mas um fardo muito mais simples de se carregar do que um Ventrue no governo.
Só de pensar nessa possibilidade, meu sangue parecia ferver pelas veias mortas.
Caminhei ruidosamente em direção à fedelha, com visível cara de tédio, depois de observar rapidamente os outros presentes à distância.
- Estava correndo para a titia? – Alfinetei, tendo plena consciência de que isso poderia enfezar a garotinha.
Ergui uma sobrancelha enquanto a observava atentamente, subindo mais alguns degraus da escada e me aproximando dela o suficiente para que meu tamanho fosse intimidador, assim como meus olhos fixados nos seus. Eu queria incomodá-la, com toda a certeza, mas não ia exagerar na dose. Seria uma porcaria se o pingo de morto fofoqueiro fosse correndo para a saia da titia contar que o Brujah feio e bobo a tinha assustado.
Como eu havia dito anteriormente, Helena era esperta. E isso era algo bom e ruim ao mesmo tempo.
Ser governado por uma louca alucinada, receber ordem de uma pirralha inútil e, ainda por cima, ter que que ir prestar minhas homenagens pra um Príncipe que eu tinha certeza absoluta que se tratava de uma piração de uma mente insana era de arruinar a noite de qualquer um. Toda a sociedade cainita poderia dizer para mim que eu estava sendo um herege idiota com esse pensamento, mas a verdade era que eu estava pouco me ferrando para que o monte de imbecil achava.
Eu era aliado da Camarilla sim, assim como qualquer um no meu comando. Mas eu tinha um motivo especial para isso, que não envolvia florezinhas, cores e pinturas afrescalhadas.
Helena era esperta. Muito esperta. E eu gostava disso. Esse fato unia o útil ao agradável para mim, o que era o suficiente. Pelo que dependesse da minha pessoa, nenhum Ventrue filho da mãe ia colocar as patas abichalhadas naquela cidade e se tentassem, iam ter que passar por cima de mim. E isso, sinceramente, não seria trabalho fácil.
Levei o tempo que me conveio para chegar até o Elísio, andando calmamente pela cidade e observando os arredores. Eu tinha certeza de que a pirralha deveria estar arrancando as calcinhas pela cabeça, e tal pensamento apenas fez com um que um mínimo sorriso irônico despontasse pelos meus lábios. Ela que se fodesse. Jogo de morto não é brincar de casinha, por mais que a Senescal louca alimentasse os devaneios daquela mente infantil.
Odeio crianças. Sempre odiei e tenho certeza que, depois de tantos anos odiando, eu continuaria a sentir o mesmo pelo resto da morte.
Chegar no Elísio foi uma experiência entediante, como sempre o era. Eu evitava aquele lugar, todo aquele luxo desnecessário e ostentação ridícula, que só mascaravam uma decadência tão evidente que apenas os idiotas e os fúteis não conseguiam enxergar. Não que eu fosse contra a arte, o ponto não era esse. Eu era contra o mau uso da arte, já que não acho que algo feito para criar impacto no expectador deva ser usado para decorar parede em casa de madame.
Acho que se ainda fosse vivo, eu respiraria profundamente ao vislumbre da pirralha subindo as escadas. Estava evidente que ela havia me esperado até o limite e, devo dizer, isso me deixou profundamente satisfeito. Haviam outros ‘convidados’ para a ocasião, algo que não me surpreendia, mas que não me agradava muito menos. Identifiquei imediatamente mais um dos frescos e fiz uma visível careta ao notar que estaria cercado de pomposidade ridícula pelo resto da reunião. Era um carma, com toda a certeza, mas um fardo muito mais simples de se carregar do que um Ventrue no governo.
Só de pensar nessa possibilidade, meu sangue parecia ferver pelas veias mortas.
Caminhei ruidosamente em direção à fedelha, com visível cara de tédio, depois de observar rapidamente os outros presentes à distância.
- Estava correndo para a titia? – Alfinetei, tendo plena consciência de que isso poderia enfezar a garotinha.
Ergui uma sobrancelha enquanto a observava atentamente, subindo mais alguns degraus da escada e me aproximando dela o suficiente para que meu tamanho fosse intimidador, assim como meus olhos fixados nos seus. Eu queria incomodá-la, com toda a certeza, mas não ia exagerar na dose. Seria uma porcaria se o pingo de morto fofoqueiro fosse correndo para a saia da titia contar que o Brujah feio e bobo a tinha assustado.
Como eu havia dito anteriormente, Helena era esperta. E isso era algo bom e ruim ao mesmo tempo.