Vampiro: NOLA
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Área Residencial Luxuosa

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1Área Residencial Luxuosa Empty Área Residencial Luxuosa Sex Jun 17, 2011 6:00 am

Mestre de Jogo

Mestre de Jogo
Admin

Área Residencial Luxuosa Sandra+Bullock+Sandra+Bullock+House+Garden+YnFAfcji661l

O Garden District é um bairro da cidade de New Orleans. Seus limites são: St. Charles Avenue, ao norte, 1st Street para o leste, Magazine Street e ao sul com a Rua Toledano para o oeste.

Este histórico distrito se estende um pouco mais. A área foi originalmente desenvolvida entre 1832 a 1900. Possivelmente tem uma das melhores coleções preservadas de mansões do sul dos Estados Unidos. As origens do século 19 do Garden District mostram os recém-chegados ricos as construções de estruturas opulentas baseadas na prosperidade de Nova Orleans naquela época.

A polícia de Nova Orleans sempre deu uma "atenção especial" ao patrulhamento da área, mas desde que os Ventrue assumiram a parte administrativa da cidade os carros de polícia são visto cada vez mais raramente por aqui. A solução foi contratar uma firma de segurança particular, cujo chefe responde aos Toreadores que se firmaram no local. Muito do que acontece na zona residencial do Garden District chega ao ouvido dos artistas por conta desse detalhe.

Muitos famosos têm moradia aqui, e quem não têm... sonha! Infelizmente o metro quadrado é caríssimo e somente pessoas (e personagens) com bastante dinheiro poderão usufruir de uma casa aqui.

Se você se encaixa no perfil parabéns; seja bem-vindo ao Garden District!

https://nola.forumeiros.com

2Área Residencial Luxuosa Empty Re: Área Residencial Luxuosa Dom Mar 18, 2012 7:10 pm

Annabeth Chase

Annabeth Chase

Estava na mesma posição a horas. O sol já havia se posto, a noite tomava conta de Nova Orleans e eu permanecia sentada em minha cadeira delta vermelha, debruçada sobre a prancheta A0 de desenho técnico. Lápis de diferentes tipos e tamanhos se espalhavam sobre uma pequena mesa disposta do meu lado direito e manchas de grafite cobriam meus dedos e partes de meu rosto.

Minha respiração estava silenciosa e meu coração batia calmo, quase imperceptível, como se temesse que o seu ritmo atrapalhasse meu trabalho. Apenas meus olhos e minhas mãos se moviam, de um lado a outro da folha de papel que era preenchida com um desenho ricamente detalhado da fachada de uma construção helenística, um belo monumento arquitetônico, porém de natureza indefinida. Não era trabalho, para ser honesta, aquela construção não seria nada além de mais um desenho em minha coleção pessoal, apenas a minha maneira predileta de ocupar o tempo livre.

Meu sossego e minha concentração foram interrompidas por duas batidas leves na porta do escritório:


- Annabeth, posso entrar? - A voz de Claire, minha secretária, soou ansiosa do lado de fora.

Era um dia ocioso na Cain Construction and Designs. O escritório da empreiteira é um sobrado, localizado no cruzamento da Magazine Street com a Fourth Street, em Garden District, uma preservada construção clássica datada de 1920. Um endereço inusitado para uma empresa, mas estratégico para o nosso trabalho.

Os projetos mais lucrativos estavam em Garden District. Verdadeiras fortunas estavam sendo gastas na reparação, reforma e reconstrução das construções danificadas pelo Katrina, um trabalho meticuloso, artesanal, já que boa parte do bairro era tombado pelo Patrimônio Histórico. A Cain reuniu uma equipe de arquitetos especializados em arquitetura antiga e os instalou dentro de Garden District, com o intuito de conseguir quantos projetos nessa área fosse possível. A estrategia deu certo e assumimos 80% dos projetos de construção, desses, mais da metade com a minha assinatura.


- Entre, Claire - Respondi, sem desviar os olhos da prancheta.

- Desculpe incomodar, mas você precisa ver isso. - Claire agitava o tablet nas mãos, demonstrando mais ansiedade do que a sua voz deixava transparecer.

Ergui os olhos da prancheta com a testa franzida, pousei o lápis sobre a mesa, apanhei o tablet e me recostei no encosto da cadeira, enquanto lia a noticia aberta na tela.

Basicamente, a noticia discorria sobre um jantar organizado pela Vestrue CO e sobre o discurso feito por um de seus representantes.

Devolvi o tablet para Claire e encarei o relógio romano disposto na parede a minha frente, para só então perceber que passava das 09:00 da noite, me distrai com meus pensamentos enquanto observava o trajeto monótono do ponteiro de segundos, até ser “desperta” pela voz de Claire.


- Nós vamos ter problemas, não vamos?

- Talvez. - Respondi com calma. - Você leu a parte que fala sobre “reformulação de estruturas”? Se a Vestrue pretende fazer reformas nas construções de Garden District, vai precisar de mão de obra especializada... - Deixei a frase suspensa no ar. Claire rapidamente compreendeu a minha intenção.

- E os nossos atuais clientes, os atuais projetos?

Dei de ombros, levantei da cadeira e caminhei em direção ao banheiro. Lavei as mãos e o rosto, me limpando das manchas de grafite, refiz a maquiagem e voltei para o escritório.

Não me incomodava nem um pouco com o fato da Vestrue CO querer transformar a nata da sociedade de Nova Orleans em moradores de rua, o que me importava eram as construções. Se elas fossem preservadas pouco me interessava quem eram os seus atuais donos.


- Claire, veja se consegue descobrir quem é o advogado responsável pelo processo de despejo e marque um horário. Também veja se consegue agendar um reunião na Vestrue CO.

Senti meu estomago revirar, só então percebi que estava a mais de oito horas sem me alimentar, estava com fome.

- Vou jantar no Arnaud's e depois vou para casa. Estou no celular, se precisar. Boa noite. - Me despedi de Claire e sai do escritório, de encontro a noite de Nova Orleans.

3Área Residencial Luxuosa Empty Re: Área Residencial Luxuosa Sáb Set 08, 2012 4:34 pm

Victor Calarram

Victor Calarram

O carro trafegava lentamente pelas ruas de NOLA rumo a Garden District. As lembranças do ocorrido durante o dia vieram à mente.

Primeiro a reunião terrificante com Freeman e a lembrança da cor, do cheiro e do sabor do sangue dele. Depois a notícia da morte do meu sócio seguido do choro de Clarice e do encontro com a médica legista. Gostei dela. Não deveria ter tratado ela do jeito que tratei. Se meu pai tivesse visto ou ouvido como falei com ela, de certo eu iria escutar uma das grandiosas lições de moral que ele costumava dar. Depois a funcionário do departamento contábil hospitalizada, bonitinha, aparentemente mais preocupada com o trabalho do que com a própria vida. Funcionário assim e excelente para o Escritório. Na lanchonete aquela incrível morena. Isabela era uma mulher forte, direta na sua voz e com frieza no olhar. Seu aviso quanto a pessoas priores que Freeman no momento não pareceu no momento algo preocupante, mas agora, aqui no banco de trás do carro vejo com clareza algum nuance do que sussurrou em meu ouvido. Piores que Freeman.

Um frio alcançou minha espinha e um súbito arrepio percorreu todos os folículos capilares do meu corpo, eriçando da nuca até os pelos dos pés. Após alguns segundos de nó no intestino acompanhado de um aperto na boca do estomago, conclui que deveria tomar mais cuidado com quem falava sobre o caso Vestrue versus Garden District. Por fim resolvi continuar meu devaneio enquanto o carro se aproxima da do destino.

Alessa Puccinelli. Possuidora de uma beleza exótica, olhos lindos, fazendo contraste perfeito com a pele. Por que diabos falei com ela daquela maneira. Por que pedi desculpas. Porque mandei flores para a funcionaria depois de tratar ela bem. Não sei, mas sei que fiz. Victor Calarram não é mais o mesmo, ou será que minha mente trabalhou mais rápido do que pude acompanhar. Vejamos. Tratei bem a Funcionaria, para ela ver como o chefe dela é generoso e assim para quem ela falar sobre mim saberá que tenho um grande coração. Tratei a Medica daquele jeito na primeira vez, porque demonstraria a ela e aos demais quem era a pessoa na sala, e da segunda vez, para mostrar a Isabela que eu sabia aonde era o meu lugar, e este é no topo da pirâmide, do mesmo modo, mostrei a ela que tenho grande competência para resolver os assuntos a que proponho resolver. Pedi Desculpas a Alessa. Por mais que fosse necessário para meus objetivos momentâneos falar aquelas coisas, ela não precisava ouvir aquele tipo de ameaça. Bem o por tão da minha casa esta abrindo e é melhor desvencilhar desse devaneios e me preocupar com o que é importante.

O carro parou, Demetre abriu a porta enquanto Joe me escoltava até a entrada. Donavan Abriu a porta da casa.

- Boa noite senhor Calarram! – Disse ele com um sorriso nos lábios. – Tenho noticia do escritório.

Provavelmente a senhorita Smith telefonou para ele e contou tudo o que estava acontecendo. Assim que ele tirou o blazer do meu terno, postou ao meu lado. Procurei fitar seus olhos antes de perguntar com a voz levemente cansada e muito sutilmente nervosa.

- Diga homem! Que noticias tem para mim?

Começamos andar, saindo do hall de entrada, passando pela sala anfitriã, e atingimos a confortável sala de visita. Ela permanecia com a mesma decoração que minha mãe deixará. Durante o trajeto Donavan se postou a falar.

- A Senhorita Smith me ligou e contou sobre os eventos que ocorrerem hoje por lá e pediu para informar ao senhor que todas as informações relativas ao caso Vestrue são favoráveis a desapropriação. Os seus sócios e funcionários ainda estão trabalhando no assunto. O senhor Peterson incumbiu a Dra. Samantha Smith de transmitir as informações atualizadas pelo e-mail do senhor. Ao que tudo indica as Desapropriações em Garden District poderão ser realizadas sem nenhum inconveniente judicial, somente pela via administrativa, mas eles estão analisando todas as hipóteses.

Ao chegarmos a sala de visitas me sentei em uma larga e confortável poltrona de couro branco.

- Ótimo! Donavam. Por favor, traga meu computador, alguma coisa para eu beliscar e uma taça de vinho tinto, um Octave Cremieux Gevrey-Chambertin 2007, irá cair muito bem agora.

Enquanto ele saía do cômodo, puxei a mesa de centro próximo a poltrona. Retirei o vaso que decorava sua superfície para abrir mais espaço, colocando ele ao lado da poltrona.

Nos poucos minutos que fiquei só esperando Donavan retornar, os pensamentos voltaram a minha cabeça.

O que Isabela quis dizer com piores que Freeman?

O Tempo da espera fez meus olhos pesarem e resolvi fechar eles momentaneamente.

Esses olhos! Esses dentes! O que você esta fazendo? Não eu não vou beber! Minha voz não sai. Por que não estou me debatendo! Pare, não faça isso! Eu preciso reagir, eu não quero que você coloque isso na minha boca! Eu Preciso falar. Preciso Reagir. Não eu não vou... A voz de Freeman. Beba! Eu não vou beber, mas já estou bebendo. Não eu não... Vou cuspir. Eu preciso cuspir. Não consigo. Que voz é essa? Parece uma mulher. Isabela. Piores que Freeman... Cuidado... Piores que Freeman. Vejo os olhos vejo os dentes de Freeman e escuto a voz de Isabela. Aonde foi? O rosto do Isabela, ela é linda. Essa voz. Freeman! Precisa se lembrar do nosso pacto de segredo e sucesso. Tenha isso em mente e triunfe... Mas se você fracassar... Saiba que eu vou atrás de você onde quer que você se esconda. E dessa vez o sangue a escorrer não será o meu... Os olhos de Isabela... Essa voz! Donavan... Calarram, Sr. Calarram!

Abri os olhos e Donavam estava em frente me chamando.

- Senhor Calarram! Tudo bem com o senhor? – Seu olhar estava preocupado. – O senhor estava...

- Devo ter cochilado. – O notebook estava sobre a mesa. Peguei a taça de vinho que esta em uma bandeja ao lado dele. Tinha também uma porção de damascos. Tomei um gole do vinho. – Obrigado meu amigo. Agora pode se recolher. Tenho que checar meus e-mails e fazer umas pesquisas. – Ele já ia saindo da sala quando me lembrei de uma coisa importante que ele deveria providenciar. – Donavan. Como a fofoqueira da secretaria lhe contou tudo, peço que você providencie o funeral. É só. – Ele assentiu com a cabeça e saiu da sala.

Primeiro comecei checando os meus e-mail. Ali estavam algumas informações boas sobre o caso Vestrue. Por certo eu deveria informar a Freeman, mas não hoje, não agora. Tinham coisas a serem tratadas e Freeman era uma das coisas. Precisaria saber um pouco mais sobre a Vestrue e sobre Henry, antes de lhe dar as coisas de mão beijada. Precisaria saber que jogo realmente eu estou jogando. O dinheiro de certo vale a pena, mas quem ou o que era Henry Freeman, e o que ele queria despejando os ricaços de Garden District? Precisaria tentar juntar essas informações e parecia que Isabela tinha alguma coisa que poderia me ajudar a entender. Então é melhor que eu descubra o que ela quer, e quem sabe ela possa me dar às informações que eu quero.

Lido os e-mails da Dra. Smith, comecei Pesquisar sobre o manicômio. Tudo o que eu encontrava na internet era a história do local, algumas lendas sobre fantasma. Algumas poucas informações sobre o incêndio, mas nada de grande valia. Até que por fim um link. Pareceu algo confiável. Um nome e um endereço. Falava a reportagem tratada no pagina, falava de quem era à propriedade. Anotei essas informações no bloco de notas do computador e resolvi que era hora de desligá-lo.

Caminhei até a cozinha. As luzes estavam acessas. Donavan, Joe e Demetre estavam comendo e conversando. Quando entrei Donavan se levantou e pegou outro copo no armário.

- Toma mais uma taça de vinho Victor? – Ele perguntou enquanto enchia e me entregava.

Peguei a taça, me sentei com eles e comecei a beber.

- Meus amigos, devo dizer que hoje o dia foi cansativo mas ainda tenho algumas coisas para pedir a você. – Os três beberam um gole de vinho ao mesmo tempo. Primeiro depois que você acertar as coisas do velório e do funeral Donavan, fale com a senhorita Smith para que ela pegue um relatório financeiro feito por aquela funcionaria hospitalizada. Peça também para ela desmarcar o almoço de amanhã. Joe e Demetre, amanhã não precisarei dos serviços de vocês durante o dia, pois pretendo ficar em casa, mas de noite temos um baile para ir. Recebi o comunicado da senhorita Smith pelo e-mail, então só peço a gentileza de um de vocês ir pega-lo amanhã. Pode ser a tarde. – tomei mais um gole de vinho e me levantei. – Bem agora vou me retirar. Obrigado pela ajuda e companhia de você nesse dia. Não sei o que faria sem você para me ajudar.

Caminhei pelos corredores da casa, subi a escadaria e por fim atingi meu quarto. Retirei o papel do bolso. Tirei a gravata e a camisa e caminhei até a varanda, não sem antes pegar na cômoda um cigarro e o isqueiro. Fumei sem pensar em nada, apenas admirando a paisagem noturna. Quando terminei, fui para o banheiro, terminei de me despir e entrei no banho. Não queria pensar e assim o fiz. Já na cama fechei meus olhos e quando peguei no sono, um complexo conjunto de imagens e sons começaram a preencher minha mente.

Onde estou? Aqui é meu escritório. Uma sombra de um homem de costas para mim. Me aproximo. Quem é você? Eu pergunto. Sem resposta. Quem é você? O sujeito se vira. Freeman o que faz aqui? Seus olhos! Seus dentes. Seu braço esta sangrando. Fique aonde você esta. Corro até a porta do escritório. Isabela o que faz aqui. Ela abre os olhos e a boca. Meu deus seus olhos seus... Saio correndo até o elevador. Annabeth, mas... você também não... Desisto do elevador, saio pelas escadas. Encontro com A médica. Dra. Alessa aai rápido daqui... Meu deus! No saguão, Demetre, Joe e Donavan conversando. Eles também... Para todos os lados que eu olhos aqueles olhos, aqueles dentes e sangue. As paredes vão se cobrindo de sangue, Henry, Isabela, Alessa, Joe, Demetre, Donavan, Annabeth, meus sócios, meus funcionários. Todos me cercam. Começam a andar na minha direção. Me seguram. Me soltem... Não me soltem... Eu sou Victor Cala... Começam a jogar o sangue em minha boca, estou me engasgando... Não parem, nã... O sangue começa a encher o saguão. Centímetro por centímetro o sangue vai subindo tal qual uma banheira enchendo. Sinto minha roupa se encharcando, eles me empurram para baixo minha cabeça começa a afundar em sangue. Me debato e escuto por fim a voz Henry seguida da voz de Isabela. -Precisa se lembrar do nosso pacto de segredo e sucesso. Tenha isso em mente e triunfe... Mas se você fracassar... Saiba que eu vou atrás de você onde quer que você se esconda. E dessa vez o sangue a escorrer não será o meu... Está lidando com gente muito mais graúda que ele. Se deseja continuar vivo, tome cuidado... O sangue começou a me sufocar... não posso mais respirar eu vou...

Abro os olhos. O sol já esta se pondo e Donavam esta colocando uma toalha sobre minha testa. Sentia o corpo todo molhado.

-Boa tarde senhor! O senhor gritou a noite toda, a manha toda e praticamente toda a tarde. Como o senhor está?

Sentei na cama. E pude ver, que ela estava toda encharcada de suor.

- Não sei! Acho que bem.

Levantei lentamente, e caminhei ao banheiro. Minha bexiga estava estourando e a barriga pedia para ser aliviada. Quando sai do vaso, fui até a pia fiz a barba e entrei no banho. A água gelada escorreu pelas minhas costas e foi como se o mundo repentinamente fosse retirado de minhas costas. Quando terminei, fui para o quarto. O figurino para o Baile já me esperava pendurado em um porta-cabide.


*¹ - Aceito fazer o teste necessário para obter tal informação.

4Área Residencial Luxuosa Empty Re: Área Residencial Luxuosa Seg Set 10, 2012 8:09 am

Mestre de Jogo

Mestre de Jogo
Admin

VICTOR DEVERÁ REALIZAR O TESTE CONTIDO NESTE TÓPICO ANTES DE PROSSEGUIR COM SUAS POSTAGENS.

https://nola.forumeiros.com

5Área Residencial Luxuosa Empty Re: Área Residencial Luxuosa Qui Out 04, 2012 4:27 am

Victor Calarram

Victor Calarram

Estava frente ao espelho dando o famigerado e difícil nó na gravata borboleta de cor preta quando escuto o telefone tocando. Segundos se passaram até que a porta do quarto se abriu. Donavan trazia o telefone em sua mão. Sua expressão me dizia que algo havia acontecido.

- Victor, é o senhor Carlton Cole.

Carlton Cole, era o sujeito responsável pelas desapropriações administrativas da cidade de Nova Orleans. Ele simplesmente o sujeito mais detestável que eu já conheci. Sua expressão fechada e carrancuda era sua marca registrada, bem como seu grandioso mau humor. Quando peguei o telefone das mãos de Donavan e comecei a escutar as sandices de Cole, me controlei para não lhe devolver as palavras ásperas. Um conselho que meu pai costumava dar era do de respirar antes de falar qualquer coisa e não alterar o tom de voz quando as pessoas se exaltam, pois isso transparece fraqueza, e um advogado descontrolado é o perfeito advogado falido.

Assim que, sutilmente, Carlton desligou o telefone em minha cara meus olhos fumegaram de raiva. As chances de um processo administrativo estavam totalmente arruinadas. Parecia até uma piada do destino.

Entreguei o telefone na mão de Donavam, peguei um cigarro e o isqueiro que estavam sobre a cômoda e ali no quarto mesmo acendi. Após uma longa tragada, soltei o grito que estava entalado na minha garganta.


- Puta que o pariu! – Foi somente o começo de um desabafo raivoso. – Ontem eu fui dormir com tudo encaminhado. O processo administrativo era coisa de criança. Hoje acordo e tudo o que foi feito ontem até eu dormir foi arruinado. Pode ter certeza cabeças vão rolar. Há se vão! Donavam quero saber quem foi responsável por fazer essa merda, que foi o funcionário filho ou filha da puta que fudeu com o processo administrativo de Garden District, e quero antes de eu sair de casa, pois vou cortar a cabeça desse ou dessa lazarenta antes de ir ao escritório.

Rapidamente Donavan me deixou sozinho no quarto. Terminei de fumar o cigarro e fui para o banheiro escovar os dentes. Como as coisas pareciam conspirar contra minha pessoa a pasta de dente caiu na minha camisa. Desfiz a bosta do nó da gravata e arranquei a camisa. Fui até o closet e peguei outra que se encontrava passada. Vesti-la e fiz o desgraçado nó da gravata borboleta. Eu gostava das firulas da sociedade, mas tinham que inventar essa porra de gravata borboleta. Quando terminei de me vestir desci as escadarias e me deparei com meu amigo e mordomo.

- Descobriu quem foi que fez essa merda toda?

Donavan rapidamente desatou a falar.

- Victor, acalme-se jovem, ou poderá ter um AVC. Eu descobri que foi que prejudicou as negociações com o senhor Cole, mas tenho por mim que ela não deve ter feito isso por mal.

Eu tinha certeza que minha face estava rubra de raiva, pois sentia minhas bochechas, orelhas e testa queimando.

- Não tinha intenção mas fez, e isso é o que importa. Como diria meu pai de boas intenções o inferno esta cheio...

- Mas ele e sua mãe diriam, que antes de condenar uma pessoa, você deve ouvi-la para depois julga-la e por ultimo condenar. E não é isso que você esta fazendo. – Ele me fitou com o mesmo olhar que meus pais faziam quando eu estava dando uma de playboy mimado. – Meu jovem Calarram... – Disse em tom acalentador.- Você esta com o mundo em suas costas e eu sei muito bem disso, mas lembre-se você é um Calarram e não um mauricinho metido a besta que brinca de ser advogado. Você é uma pessoa que escuta, pensa e age, e não desses ricos metidos a besta que se acham o dono do mundo. Pare e pense antes de tomar qualquer atitude.

Respirei fundo varias vezes. Donavan esperou até que os sinais de raiva sumissem de minha cara para ai falar o nome da pessoa que fez com que os as vitórias do dia anterior se transformassem em uma derrota estrondosa.

- O nome dela é Samantha Smith, a mesma advogada que os seus sócios colocaram para encabeçar o processo.

Caminhei até a poltrona mais próxima. Assim que a alcancei me sentei. Parei as mãos sobre o rosto tentando pensar no que eu faria. Levantei um pouco a cabeça colocando a mão embaixo do queixo enquanto apoiava o cotovelo sobre o joelho. Posicionei o dedo indicador por cima da boca e perguntei.

- O que você sabe sobre ela Donavan?

Ele se sentou em outra poltrona.

- Senhor, posso dizer algumas coisas superficiais quanto a vida pessoal dela, mas profissionalmente falando digo que ela é uma boa advogada. Ao que parece ela tem uma filha e esta deve dar um certo trabalho a ela, visto que o departamento pessoal informou que existem variadas situações que ela se atrasou ou se retirou por motivos pessoais. Ela é viúva e veio para Nova Orleans para trabalhar no seu escritório. Ao que tudo indica, ela enfiou os pés pelas mãos por tentar mostras sua competência e atingir uma promoção na empresa. Resumindo, ela tentou fazer o certo e errou...

Agora foi minha vez de interromper.

- E como dizia meu pai, todo mundo que quer acertar pode acabar errando, mas devemos nos lembrar que errar é humano. Sem erro não existe a possibilidade de aprender, e sem aprender não tem como acertar.

Ele me olhou com um ar jocoso.

- Vejo que ainda se lembra das lições que seus pais lhe ensinaram.

Sacudi a cabeça afirmativamente e me levantei.

- Donavam! Informe a senhorita Smith que estou indo até o escritório e que desejo falar com a Dra. Samantha.

Caminhei até a porta e de lá para o carro. Quando ia entra falei para Joe.

- Vamos até o Escritório

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