~Eles zombam de você porque você é patético. Todos riem pelas suas costas, todos sentem nojo de você.~
A voz ecoou por sua cabeça novamente, fazendo-o cerrar os punhos em resposta. Ignorar a fúria que o consumia a cada palavra era algo que exigia muito esforço de si, mas estava acostumado o suficiente com a situação para saber como lidar com ela. Era apenas um empecilho em seu caminho, mas nada que o impedisse de fazer absolutamente nada.
Ouviu as palavras irreverentes e atitude infantil do Gangrel com indiferença e ar de deboche, ignorando-o solenemente sem lhe dispensar sequer um mísero olhar. Aquele animal não era digno de sua atenção, por isso, não a desperdiçou. Seu foco estava inteiro no Ventrue e na contradição que impusera à afirmação de seu guarda-costas sobre não ir a lugar algum.
Palavras de Ventrue, geralmente, são como veneno espalhado em água. Poucos são inteligentes o suficiente para captarem as suaves nuances que a substância provocava no líquido, o quase imperceptível odor adocicado de morte que permeava pelas entranhas de moléculas e átomos. Um bom Ventrue tinha esse poder, o de corromper e convencer, como um veneno que rasga as entranhas, mas Henry Freeman não era um deles.
Seu amadorismo era claro em sua declaração. Ele insinuava cartas na manga, praticamente as esfregava na cada d’O Xerife, fazendo com que o ancião sentisse vontade de novamente gargalhar em deboche. Freeman era jovem demais para jogar um jogo tão perigoso. Ele não sabia com que estava lidando, nem muito menos onde estava se metendo. Era apenas uma criança em frente a um tabuleiro de xadrez, um pequeno peão facilmente descartável.
- Não tenho absolutamente nada para tratar com você aqui, Freeman. Espero que sua insensatez não seja o suficiente para que não veja isso. – Declarou, ácido, pendendo a cabeça levemente em direção a humana que os observava. – Se deseja ir comigo, tomou a decisão correta. Mistérios ou não, isso pode ser resolvido no lugar certo.
A noite estava coberta de surpresas desagradáveis. Aquela mulher era, em sua totalidade, uma delas. Sem ser convocada, mais uma vez ela resolveu se intrometer em uma situação que não lhe dizia respeito, deixando Edgard absurdamente irritado.
Sequer refletiu por mais de um segundo quando se virou em direção à humana, olhando-a com desprezo evidente. O objeto metálico que ela empunhava, tão segura de si com suas palavras arrogantes, fez com que sua pouca paciência se esgotasse. O Xerife avançou em direção a ela e, com uma rapidez que facilmente impressionava os fracos olhos humanos,arrancou a arma de sua mão sem qualquer cerimônia, jogando-a no chão e a pisoteando com força o suficiente para esmagar o ferro.
- Não teste você a minha paciência, coisa patética. – Grunhiu, levando uma de suas mãos até o pescoço dela e o segurando firmemente.
~Maltratar os mais fracos te excita, não é, Edgard?~
A voz voltou a atormentando, seguida pela gargalhada que ecoava por sua mente como um ferro em brasas, tirando-o de si com tal força que seus dedos acabaram por apertar ainda mais o pescoço da humana.
Virou o rosto, transtornado pela fúria, em direção ao Ventrue, deixando que ele percebesse a gravidade da situação.
- Você cometeu um erro estúpido, Freeman. Sua inexperiência e arrogância foram o suficiente para que revelasse demais diante de ouvidos errados. Eu espero que você resolva isso, ou essa mulher estúpida vai pagar pelos seus erros. – Sibilou, sua expressão demonstrando cada uma das sensações que o atingiam.
Freeman revelara sua futura localização, assim como o fato de o Longue Vue ter uma governante, sendo ela quem dava as ordens a Edgard. Aquela humana desprezível já havia alertado a seus parceiros sobre a localização atual então, se saísse daquele encontro com alguma memória ou vida, não tardaria para que o Longue Vue se tornasse um formigueiro de humanos inúteis tentando fazer alguma diferença e resgatar o rico CEO da Vestrue.
Sempre soubera que Henry Freeman era um ser ignóbil, mas depois daquela noite, o Xerife tinha a certeza de que, se a oportunidade lhe fosse dada, teria um enorme prazer em eliminá-lo e acabar com sua patética existência.
A voz ecoou por sua cabeça novamente, fazendo-o cerrar os punhos em resposta. Ignorar a fúria que o consumia a cada palavra era algo que exigia muito esforço de si, mas estava acostumado o suficiente com a situação para saber como lidar com ela. Era apenas um empecilho em seu caminho, mas nada que o impedisse de fazer absolutamente nada.
Ouviu as palavras irreverentes e atitude infantil do Gangrel com indiferença e ar de deboche, ignorando-o solenemente sem lhe dispensar sequer um mísero olhar. Aquele animal não era digno de sua atenção, por isso, não a desperdiçou. Seu foco estava inteiro no Ventrue e na contradição que impusera à afirmação de seu guarda-costas sobre não ir a lugar algum.
Palavras de Ventrue, geralmente, são como veneno espalhado em água. Poucos são inteligentes o suficiente para captarem as suaves nuances que a substância provocava no líquido, o quase imperceptível odor adocicado de morte que permeava pelas entranhas de moléculas e átomos. Um bom Ventrue tinha esse poder, o de corromper e convencer, como um veneno que rasga as entranhas, mas Henry Freeman não era um deles.
Seu amadorismo era claro em sua declaração. Ele insinuava cartas na manga, praticamente as esfregava na cada d’O Xerife, fazendo com que o ancião sentisse vontade de novamente gargalhar em deboche. Freeman era jovem demais para jogar um jogo tão perigoso. Ele não sabia com que estava lidando, nem muito menos onde estava se metendo. Era apenas uma criança em frente a um tabuleiro de xadrez, um pequeno peão facilmente descartável.
- Não tenho absolutamente nada para tratar com você aqui, Freeman. Espero que sua insensatez não seja o suficiente para que não veja isso. – Declarou, ácido, pendendo a cabeça levemente em direção a humana que os observava. – Se deseja ir comigo, tomou a decisão correta. Mistérios ou não, isso pode ser resolvido no lugar certo.
A noite estava coberta de surpresas desagradáveis. Aquela mulher era, em sua totalidade, uma delas. Sem ser convocada, mais uma vez ela resolveu se intrometer em uma situação que não lhe dizia respeito, deixando Edgard absurdamente irritado.
Sequer refletiu por mais de um segundo quando se virou em direção à humana, olhando-a com desprezo evidente. O objeto metálico que ela empunhava, tão segura de si com suas palavras arrogantes, fez com que sua pouca paciência se esgotasse. O Xerife avançou em direção a ela e, com uma rapidez que facilmente impressionava os fracos olhos humanos,
- Não teste você a minha paciência, coisa patética. – Grunhiu, levando uma de suas mãos até o pescoço dela e o segurando firmemente.
~Maltratar os mais fracos te excita, não é, Edgard?~
A voz voltou a atormentando, seguida pela gargalhada que ecoava por sua mente como um ferro em brasas, tirando-o de si com tal força que seus dedos acabaram por apertar ainda mais o pescoço da humana.
Virou o rosto, transtornado pela fúria, em direção ao Ventrue, deixando que ele percebesse a gravidade da situação.
- Você cometeu um erro estúpido, Freeman. Sua inexperiência e arrogância foram o suficiente para que revelasse demais diante de ouvidos errados. Eu espero que você resolva isso, ou essa mulher estúpida vai pagar pelos seus erros. – Sibilou, sua expressão demonstrando cada uma das sensações que o atingiam.
Freeman revelara sua futura localização, assim como o fato de o Longue Vue ter uma governante, sendo ela quem dava as ordens a Edgard. Aquela humana desprezível já havia alertado a seus parceiros sobre a localização atual então, se saísse daquele encontro com alguma memória ou vida, não tardaria para que o Longue Vue se tornasse um formigueiro de humanos inúteis tentando fazer alguma diferença e resgatar o rico CEO da Vestrue.
Sempre soubera que Henry Freeman era um ser ignóbil, mas depois daquela noite, o Xerife tinha a certeza de que, se a oportunidade lhe fosse dada, teria um enorme prazer em eliminá-lo e acabar com sua patética existência.