– Seu nome não é Marrie Clemorent? – O médico olha na prancheta para se lembrar do sobrenome de sua paciente, e continua lendo outras informações no papel que estava preso à fina tábua de madeira. – Nasceu em trinta de fevereiro de mil novecentos e oitenta e cinco, em Mariachi, no Texas? Se sim, não estou me confundindo. Deite-se. – O pedido, que soava como uma ordem severa, pararia por aí se o médico não houvesse se lembrado de suas boas maneiras de repente. – Por favor.
– Está em uma consulta psiquiátrica. Eu sou o Dr. Lambert, o seu médico. E estamos em um hospital psiquiátrico. – Começou a explicar calmamente para sua paciente, com toda a paciência que deveria dispor um médico com conhecimento sobre a situação de um doente. - Está aqui para cuidar de diversos problemas, mas principalmente, do seu transtorno de identidade de gênero. É por onde devemos começar.
Tirou o óculos, cruzou as pernas e se curvou levemente para frente, pousando a mão que tinha o óculos pendendo sobre o joelho. A pose o fazia se aproximar mais de sua paciente, já que a explicação que se seguiria precisava de mais atenção por parte de Marrie.
– Você não se lembra de como chegou aqui, ou mesmo de nossa consulta, porque foi submetida a um procedimento chamado de hipnose. Estava sob transe hipnótico. Não são todos que são suscetíveis a esse procedimento, mas tivemos sorte, e conseguimos algumas imagens de seu passado. Experiências que podem tê-la levado a esse quadro psiquiátrico. E isso pode ajudar em sua cura.
O que o Dr. Lambert estava fazendo era algo comum na vida de Marrie. Dizendo que ela tinha um problema, e que ela devia ser concertada. Pela primeira vez alguém falava isso com propriedades científicas, dando nomes às patologias e propondo caminhos para que isso acontecesse. Podiam ser as crianças em canções jocosas, senhoras beatas que faziam o sinal da cruz ao passar por ela, ou até mesmo seu pai que queria lhe “curar” a força. Todos eles não conheciam muito além do que a própria Marrie. Não iam muito além daquele vilarejo, e tinham ideias limitadas demais para que pudessem ser levadas a sério. Mas agora era diferente. Uma pessoa estudada, um médico psiquiatra, conhecedor da mente humana, lhe dizia que ela tinha um problema. E isso podia pesar mais do que qualquer opinião que tivesse ouvido até agora.
– Agora vamos continuar, Marrie. Diga-me. Esta imagem feminina, esta figura que viu, por acaso lembra a sua mãe?
O doutor colocou novamente os óculos, e pousou a caneta mais uma vez à folha sobre a prancheta, para continuar a escrever, esperando a colaboração de Marrie.
– Está em uma consulta psiquiátrica. Eu sou o Dr. Lambert, o seu médico. E estamos em um hospital psiquiátrico. – Começou a explicar calmamente para sua paciente, com toda a paciência que deveria dispor um médico com conhecimento sobre a situação de um doente. - Está aqui para cuidar de diversos problemas, mas principalmente, do seu transtorno de identidade de gênero. É por onde devemos começar.
Tirou o óculos, cruzou as pernas e se curvou levemente para frente, pousando a mão que tinha o óculos pendendo sobre o joelho. A pose o fazia se aproximar mais de sua paciente, já que a explicação que se seguiria precisava de mais atenção por parte de Marrie.
– Você não se lembra de como chegou aqui, ou mesmo de nossa consulta, porque foi submetida a um procedimento chamado de hipnose. Estava sob transe hipnótico. Não são todos que são suscetíveis a esse procedimento, mas tivemos sorte, e conseguimos algumas imagens de seu passado. Experiências que podem tê-la levado a esse quadro psiquiátrico. E isso pode ajudar em sua cura.
O que o Dr. Lambert estava fazendo era algo comum na vida de Marrie. Dizendo que ela tinha um problema, e que ela devia ser concertada. Pela primeira vez alguém falava isso com propriedades científicas, dando nomes às patologias e propondo caminhos para que isso acontecesse. Podiam ser as crianças em canções jocosas, senhoras beatas que faziam o sinal da cruz ao passar por ela, ou até mesmo seu pai que queria lhe “curar” a força. Todos eles não conheciam muito além do que a própria Marrie. Não iam muito além daquele vilarejo, e tinham ideias limitadas demais para que pudessem ser levadas a sério. Mas agora era diferente. Uma pessoa estudada, um médico psiquiatra, conhecedor da mente humana, lhe dizia que ela tinha um problema. E isso podia pesar mais do que qualquer opinião que tivesse ouvido até agora.
– Agora vamos continuar, Marrie. Diga-me. Esta imagem feminina, esta figura que viu, por acaso lembra a sua mãe?
O doutor colocou novamente os óculos, e pousou a caneta mais uma vez à folha sobre a prancheta, para continuar a escrever, esperando a colaboração de Marrie.